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Dakidarria - Utopias Emergentes
(2011)
DOMINGO 09:00 | TERÇA 16:00 | QUINTA 19:00
A alternativa ao
neo-liberalismo chama-se consciência. A consciência que se deve ter contra tudo
e contra todos, e os que entendem que a consciência não tem lucro.
Começa assim o toque introdutório e com voz de José Saramago para o álbum
Utopias Emergentes dos galegos Dakidarria. Percorrendo temas e álbuns
procuramos intensamente por temas que nos lembrem o significado da mensagem. E
porque, a mensagem é importante, num
alerta constante para os tempos que percorremos mais se torna evidente que a
música no seu largo espectro não precisa de ficar refém das banalidades e jogos
mercantilistas da sociedade moderna.
Como se de um manifesto vivo se trata-se, este álbum editado pelos em 2011,
transporta-nos para essência da musica de intervenção como é prática comum do
ska-punk, e mais, ainda bebendo de toda a carga politica que os nossos vizinhos
e irmãos nos dão. De Valminõr em Pontevedra aqui estão os Dakidarria.
Como um todo, o disco com os seus 10 temas encaixam na prefeita harmonia
entre a construção rítmica e com a mensagem sempre latente. Como tinha dito,
com o primeiro tema que entra como uma bomba na nossa consciência. O tema
inicial, preparam-nos para temas que se desenrolam com a simplicidade tão bem
caracterizada do ska-punk na actualidade.
Depois do primeiro tema “Sigue ardiendo” que nos encaixa na envolvência dos
Dakidarria, dois punhados de temas e salientado pontos de vista das sociedades
actuais, entre a autodeterminação e independência linguística, cultural e modo
de vida bem patente em “Linguas Ceives” ou a contestação contra um sistema
abjecto e imoral onde a juventude se ergue com determinação em “A Mocidade Activa”
e em “En El Punto De Mira” onde o foco se mantém ao sistema actual que nos
escraviza.
Num todo um álbum que nos transporta para a verdadeira acção da contestação
com largas cargas de reivindicação, que estará para sempre junto a álbuns contestatários
da música de intervenção tanto na actualidade como no passado, e sempre
presente na nossa consciência enquanto o punho estiver erguido.